quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ler... para quê?

Estamos no final do semestre. Nosso conhecimento aumenta a cada período.
Tivemos várias disciplinas em que aprendemos sobre a importância do letramento em nossa sociedade. As professoras Ângela Abi-Sáber, Dilma Dutra e Alexandra Terrinha discorreram sobre esse tema nas aulas. Mais do que saber ler e escrever é preciso formar o indivíduo para ser um cidadão consciente e crítico.

Segue um texto para reflexão.


LER NÃO SERVE PARA NADA

      Como tornar o Brasil uma nação letrada? É o título de um documento de Ottaviano Carlo De Fiore, secretário do Livro e Leitura. Honestamente, eu nem sabia que o Ministro da Cultura tinha um secretário do Livro e Leitura. Mas tem. Sua principal tarefa é “acompanhar, avaliar e sugerir alternativas para as políticas do livro, da leitura e da biblioteca”. Foi exatamente o que Ottaviano Carlo De Fiore tentou fazer em seu documento, estudando maneiras de aumentar o interesse por livros no Brasil. Cito um trecho: “É fundamental que nos meios de massa, políticos, estrelas, sindicalistas, professores, religiosos, jornalistas, (através de depoimentos, conselhos, testemunhos) propaguem contínua e perenemente a necessidade, a importância e o prazer da leitura, assim como a ascensão social e o poder pessoal que o hábito de ler confere às pessoas.

      Minha experiência, ao contrário do que afirma o documento de Ottaviano Carlo De Fiore, é que o hábito da leitura constitui o maior obstáculo para a ascensão social e o poder pessoal no Brasil. Não é um acaso que aqueles que vivem de livros – os escritores – se encontrem no patamar mais baixo de nossa escala social.

     É contraproducente tentar convencer os poderosos a prestar depoimentos sobre a importância dos livros em suas carreiras, simplesmente porque é mentira, e todo mundo sabe que é mentira. Dê uma olhada nas pessoas de sucesso que aparecem nas páginas desta revista. É fácil perceber que nenhuma delas precisou ler para subir na vida. A melhor receita para o sucesso, no Brasil, é o analfabetismo.

MAINARD, Diogo. VEJA, São Paulo, 28 mar. 2001

Como bem disse Monteiro Lobato: 
"Um país se faz com homens e livros."

Grande abraço!


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