Na minha época de estudante, o professor era o
detentor do conhecimento. Entrava na sala e explanava todo o seu saber.
Nas respostas dos alunos, os acertos eram premiados
e os erros severamente punidos. Ao aluno cabia apenas ouvir, obedecer, fazer os
exercícios e decorar. Sua vivência e suas experiências eram desconsideradas.
A socialização entre as crianças acontecia apenas na
hora do recreio, Brincadeiras e jogos não eram tratados dentro da sala de aula.
Os pais iam à escola para um ou outro evento e, se a criança não apresentasse
problemas sérios, pouco saberiam da vida escolar do seu filho.
As matérias eram tratadas de maneira isolada. O
conteúdo de ciências era ensinado somente na disciplina de Ciências. E o mesmo
acontecia com todas as outras disciplinas. A Matemática era abstrata e
fragmentada em uma memorização sem fim, mas também sem significação, sem
sentido. Decoravam-se regras da Língua Portuguesa, sem aplicá-las na linguagem
e nos textos do cotidiano.
Os tempos e a educação, no entanto, foram evoluindo.
Ainda bem!
O professor não é mais o detentor do saber, mas um
mediador, um facilitador que acompanhará a construção do conhecimento de seu
aluno, permitindo que ele reflita, pense, estabeleça relações em todo o
processo de compreensão e apreensão do conteúdo, mas também que o prepare para
a vida, para ser um bom cidadão.
Aumentaram as possibilidades de o aluno aprender e
gostar de aprender, mas também aumentou o compromisso do professor nesse
processo, pois será o principal agente no despertar da curiosidade da criança
para uma aprendizagem eficaz. Seu comprometimento e sua capacidade serão
fundamentais no desempenho de sua classe, estabelecendo relações de confiança e
respeito entre seus alunos.
A aprendizagem será mais eficaz se o professor
promover a interdisciplinaridade entre as matérias, não as tratando
isoladamente. Suas aulas devem ser dinâmicas e produtivas, utilizando todos os
meios disponíveis: mapas, cartazes, materiais concretos e manipulativos,
internet, etc., para estimular o interesse, considerando as experiências que o
aluno traz e vivencia no seu cotidiano.
Deve utilizar jogos para fixação dos conteúdos e
trabalhar com dinâmicas, o que é uma forma bem sutil e lúdica para aplicação
dos conceitos.
O educador que busca a aprendizagem
significativa é aquele que convence o aluno de que realmente se interessa pelo
seu sucesso e desenvolvimento, que o leva a participar e se entusiasmar pelo
que aprende, conscientizando-o de como suas atitudes e valores interferem em
sua vida, em seu futuro e na sociedade.
Esse é o aprendizado que permanece e sempre terá
valor.
J. A. L. Gomes
14 de junho de 2012
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