Tivemos várias disciplinas em que aprendemos sobre a importância do letramento em nossa sociedade. As professoras Ângela Abi-Sáber, Dilma Dutra e Alexandra Terrinha discorreram sobre esse tema nas aulas. Mais do que saber ler e escrever é preciso formar o indivíduo para ser um cidadão consciente e crítico.
Segue um texto para reflexão.
LER NÃO
SERVE PARA NADA
Como
tornar o Brasil uma nação letrada? É o título de um documento de
Ottaviano Carlo De Fiore, secretário do Livro e Leitura.
Honestamente, eu nem sabia que o Ministro da Cultura tinha um
secretário do Livro e Leitura. Mas tem. Sua principal tarefa é
“acompanhar, avaliar e sugerir alternativas para as políticas do
livro, da leitura e da biblioteca”. Foi exatamente o que Ottaviano
Carlo De Fiore tentou fazer em seu documento, estudando maneiras de
aumentar o interesse por livros no Brasil. Cito um trecho: “É
fundamental que nos meios de massa, políticos, estrelas,
sindicalistas, professores, religiosos, jornalistas, (através de
depoimentos, conselhos, testemunhos) propaguem contínua e
perenemente a necessidade, a importância e o prazer da leitura,
assim como a ascensão social e o poder pessoal que o hábito de ler
confere às pessoas.
Minha
experiência, ao contrário do que afirma o documento de Ottaviano
Carlo De Fiore, é que o hábito da leitura constitui o maior
obstáculo para a ascensão social e o poder pessoal no Brasil. Não
é um acaso que aqueles que vivem de livros – os escritores – se
encontrem no patamar mais baixo de nossa escala social.
É
contraproducente tentar convencer os poderosos a prestar depoimentos
sobre a importância dos livros em suas carreiras, simplesmente
porque é mentira, e todo mundo sabe que é mentira. Dê uma olhada
nas pessoas de sucesso que aparecem nas páginas desta revista. É
fácil perceber que nenhuma delas precisou ler para subir na vida. A
melhor receita para o sucesso, no Brasil, é o analfabetismo.
MAINARD,
Diogo. VEJA, São Paulo, 28 mar. 2001
Como bem disse Monteiro Lobato:
"Um país se faz com homens e livros."
Grande abraço!