segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Palestra - Lucília Panisset: Atualização em Neurociências e Educação - 2ª PARTE


No dia 27 de outubro de 2012, de 9h00 às 12h00, realizou-se no Colégio Instituto Itapoã a “Palestra de Atualização em Neurociências e Educação”, com a professora e doutora Lucília Panisset.
A palestra foi oferecida pela direção da escola aos professores, funcionários e pais a fim de orientá-los quanto às dificuldades e transtornos que as crianças podem apresentar no ambiente escolar, considerando que os julgamentos que fazemos às atitudes que elas têm, podem ser resultantes de transtornos ou de dificuldades de aprendizagem. 
Muito do que estudamos no curso de Pedagogia foi abordado nessa palestra, mais ainda a nossa responsabilidade e compromisso do que se espera do novo - e comprometido - professor em sala de aula.

Nessa 2ª Parte da palestra, Lucília Panisset se refere a alunos que apresentam distúrbios de aprendizagem ou transtornos cerebrais. Muitas vezes, são julgados como preguiçosos, levados, desobedientes, mas há exceções - e não são poucas.
Como foi dito, na 1ª parte, um aluno que fecha o olho ou não fica atento durante a explicação, pode ser uma crise epilética. Não é que ele está ‘viajando na maionese’.
Cabe ao professor, portanto, observar seus alunos e ACREDITAR. Acreditar que o aluno pode ter dificuldade ou um transtorno. E acreditar, principalmente, que este mesmo aluno poderá desenvolver habilidades e competências, e muito bem, se tiver compreensão dos envolvidos, acompanhamento e orientação adequados.
Prova disso? A competente palestrante, professora e doutora -  Lucília Panisset - tem TDAH.
                                                
                                            2ª PARTE 

Segundo a palestrante, com o avanço tecnológico de nossos dias, com destaque ao apoio da técnica de ressonância magnética funcional, as conquistas dos últimos dez anos têm trazido respostas significativas sobre os distúrbios ou transtornos de aprendizagem.
No que se refere aos distúrbios e transtornos, mais que uma proposta escolar, a inclusão deve ser uma proposta social. Como a roupa tamanho único, ensino tamanho único também não serve para todos.
Princípio norteador: reconhecer as potencialidades e identificar o que os alunos SABEM e PODEM FAZER, para – posteriormente – verificar quais são os seus limites.
O aluno que tem transtornos de comportamento, como a TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção  e Hiperatividade) apresenta uma disfunção frontal, falha na atenção seletiva, na entrada do estímulo. Não é falta de atenção, ele tem atenção variada, não consegue focar.

Considerando o slide abaixo, você considera fator positivo um aluno ter um cérebro tão acelerado e ter que focar sua atenção APENAS no que o professor está falando?

          Slide utilizado por Lucília Panisset, comparando os movimentos cerebrais de um aluno com TDAH a um furacão
 O distúrbio de linguagem (como a dislexia) é uma disfunção que atinge a região parietal do cérebro. O aluno não consegue focar a atenção durante muito tempo. Ou seja, terá dificuldade para ler – e entender - uma folha inteira.
Michael Phelps, recordista olímpico de natação, durante uma entrevista revelou que na escola sempre lhe disseram que nunca seria bem sucedido na vida. Mais de 50% dos empregados da NASA são disléxicos (motivo: tem altas habilidades para a solução de problemas, excelente consciência espacial e de 3D).
O disléxico tem mais desenvolvida a área específica de seu hemisfério cerebral lateral-direito do que leitores normais. Condição que, segundo estudiosos, justificaria seus "dons" como expressão significativa desse potencial, que está relacionado à sensibilidade, artes, atletismo, mecânica, visualização em 3 dimensões, criatividade na solução de problemas e habilidades intuitivas.
Às vezes, pode ser que os problemas não estejam na região frontal nem na parietal, mas sim, na região occipital, identificada como Síndrome de Irlen, ocorrendo implicações na leitura, escrita, compreensão e comportamento.

Por meio de slides, Lucília Panisset apresentou algumas estratégias que podem ser utilizadas na escola e dentro da sala de aula:





“Cada pessoa deve ser compreendida como um milagre suficiente 
para não ter que ser comparada com ninguém, 
a não ser consigo mesma.”    
Roberto Crema 

Essa palestra nos permitiu compreender que grande parte dos alunos não aprende porque não quer, mas porque não consegue, seja por fatores ambientais, emocionais ou causados por disfunções cerebrais.  Que os alunos sofrem com isso e que o bom professor deve buscar conhecimento para entender onde está o problema.

      O valor da qualidade de vida do aluno deve ser maior do que o valor dado às notas ou ao boletim.

Fonte:
http://www.youtube.com/watch?v=e-yPySPF5zY
http://educacao.uol.com.br/planos-aula/fundamental/ciencias-nosso-cerebro-e-os-cinco-sentidos.jhtm

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